Junta de Freguesia de São Matias Junta de Freguesia de São Matias

Caracterização

Freguesia de São Matias

Orago: S. Matias

População: 569 habitantes (censos 2021)

Atividades económicas:

Agricultura, construção civil, comércio, indústria da panificação, carpintaria e serralharia civil

Festas e romarias:

N. Sra. do Rosário(Agosto) e S. Matias (23 de Fevereiro)

Património cultural e edificado:

Igreja paroquial, igreja velha do Monte da Apariça, moinhos de vento e vestígios arqueológicos

Outros locais de interesse turístico:

Barragem e monte da Apariça

Gastronomia:

Lebre, perdiz e coelho, gaspacho, migas com carne de porco, açorda, ensopado de borrego, moleja, sopa de bel-drogas, sopa de cacau, queijo fresco, azeitonas pisadas e retalhadas e pão de trigo

Artesanato:

Miniaturas de alfaias agrícolas e cadeiras de buinho

Colectividades:

Casa do Povo de S. Matias (com atividades recr., desp. e biblioteca)


Caracterização:

A cerca de doze quilómetros da sede do concelho, a freguesia de S. Matias está situada na margem direita da ribeira de Odearce, afluente do rio Guadiana. É constituída pelos lugares de Monte de Apariça, Quinta da Carocha e S. Matias, numa extensão territorial que quase atinge os sete mil hectares.

No extremo norte do concelho de Beja, é delimitada pelas freguesias de S. Brissos, Santa Maria da Feira e Nossa Senhora das Neves e, para norte, pelo concelho de Cuba.

Os tempos mais antigos desta freguesia são desconhecidos, já que os vestígios arqueológicos e as informações toponímicas não abundam. Sabe-se, no entanto, que a povoação já existia, em termos administrativos, por volta do século XV.

A nível eclesiástico, S. Matias foi um curato da apresentação do arcebispado de Évora. A igreja matriz de S. Matias foi reconstruída em 1698, conforme o atesta uma inscrição no local. De origem gótica, foi inaugurada ainda no século XVI. É dedicada ao padroeiro da freguesia, que foi, desde sempre, S. Matias, cuja festa decorre todos os anos no dia 23 de Fevereiro. Escolhido para substituir, como Apóstolo, o traidor

Judas, S. Matias nasceu em Belém no seio de uma família muito rica e de religião islâmica. Ainda jovem, e muito inocente nas intenções e pensamentos, começou a ouvir, e de imediato a aderir, à mensagem de Cristo.

Seguiu-o então desde o início da sua pregação até à sua morte e ressurreição. Preso algum tempo depois, no momento culminante da perseguição ao cristianismo, S. Matias não esmoreceu e, no local do suplício a que viria a ser sujeito, orou a Deus e agradeceu-

-lhe o facto de morrer por Ele. Acabaria decepado, depois de apedrejado, pelas autoridades romanas. Disse S. Matias: "Grande ventura, suprema ventura estar na graça do Senhor. Haverá, poderá haver alegria mais real, mais completa, mais perfeita". Um Santo que ainda hoje, lá do alto, vela pelos destinos de uma população plena de religiosidade e por uma terra que o homenageou com o seu próprio nome.

Aqui viveram por volta do século XVIII os morgados da Apariça, no monte que tem o mesmo nome. Aí existia um templo, para satisfação das necessidades pessoais da família, hoje em estado de completa ruína.

Atualmente, com cerca de setecentos habitantes, S. Matias desenvolve a sua atividade profissional essencialmente na agricultura e também no comércio, indústria e serviços. A freguesia tem vindo a sofrer ao longo dos anos um esvaziamento e envelhecimento da sua população, sendo as causas principais a falta de trabalho tradicional na agricultura, o abaixamento do regime de natalidade e a falta de estruturas socioeconómicas.


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